Confira os últimos avanços no tratamento dos principais tipos de câncer e a contribuição da pesquisa clínica nesse cenário.
O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, e a cada ano, milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença. No Brasil, por exemplo, o Instituto Nacional de Câncer estima que 704 mil novos casos por ano serão diagnosticados até 2025.
No último ano diversos avanços foram alcançados, trazendo novidades relacionadas à prevenção e ao tratamento da doença, como o desenvolvimento de exames de rastreamento mais eficazes e terapias direcionadas.
A detecção precoce do câncer foi uma área de destaque em 2022. Os pesquisadores desenvolveram novos testes que são capazes de detectar o câncer em seus estágios iniciais. Isso é importante porque quanto mais cedo o câncer for detectado, maior é a chance de cura. Além disso, esses testes são menos invasivos e mais precisos que os tradicionais.
Câncer de mama
Uma das grandes novidades do último ano foi o rastreamento do câncer por meio de exame de sangue desenvolvido por pesquisadores britânicos. Esse teste é indicado para indivíduos assintomáticos e pode ser um grande aliado na detecção precoce da doença. Um novo exame chamado Trucheck, identifica o câncer de mama em 92% dos casos, eficácia superior à da mamografia, podendo ser um divisor de águas no rastreamento da doença.
Outro avanço importante para o câncer de mama foi a ampliação do uso das terapias direcionadas, que atacam apenas as células cancerígenas e preservam as saudáveis. As drogas trastuzumab deruxtecan e a sacituzumab govitecam foram aprovadas recentemente no país. A Anvisa aprovou em outubro uma nova indicação para a droga trastuzumabe deruxtecana que contempla pacientes da categoria HER2-low, uma nova estratégia para direcionar e tratar a doença. Estima-se que pelo menos 55% das pessoas com câncer de mama se enquadrem nessa categoria.
Câncer colorretal
Um estudo surpreendente com o anticorpo monoclonal dostarlimab levou à total remissão da doença em 100% dos participantes. Embora o tratamento seja atualmente limitado a uma parcela de 5% a 10% das pessoas com câncer colorretal, que têm a síndrome de Lynch, uma condição genética que causa predisposição à doença, essa descoberta é promissora, já que pode abrir caminhos para novas abordagens terapêuticas e oferecer esperança para aqueles que lutam contra a doença.
Câncer de ovário
O câncer de ovário é o oitavo mais comum em mulheres no mundo e geralmente é tratado com cirurgia seguida de quimioterapia à base de platina. No entanto, é comum que as pacientes desenvolvam resistência à platina, o que pode impactar o progresso do tratamento. Mas a boa notícia é que agora há uma nova esperança. Com o uso de terapia direcionada com inibidores da PARP, é possível impedir a ação dessa enzima no câncer de ovário em tratamento inicial, o que tem resultado em um ganho na sobrevida dessas pacientes.
Mesmo com os desafios que ainda enfrentamos no combate ao câncer, há motivos para acreditar que os próximos anos serão marcados por grandes avanços no cuidado dos pacientes. A ciência continua empenhada em encontrar novas formas de prevenção e tratamento, e isso traz esperança para todos aqueles que enfrentam essa doença.
Quer saber mais? Continue acompanhando o CENDERS e saiba mais sobre essas e outras curiosidades do universo da pesquisa clínica!
Gostou do nosso conteúdo? Nos siga nas redes sociais e acompanhe todas as atualizações: Instagram, Facebook, LinkedIn.