Por que a mama é o órgão mais acometido pelo câncer em mulheres?

O câncer de mama é um dos tipos mais comuns entre as mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são diagnosticados cerca de 2,1 milhões de novos casos e a doença é responsável por mais de 600 mil mortes.

É importante destacar que a mama é um órgão complexo e dinâmico, que está em constante mudança ao longo da vida. Durante a puberdade, por exemplo, o desenvolvimento das mamas é influenciado por uma série de hormônios, principalmente o estrogênio, que estimula o crescimento dos tecidos mamários.

Confira outras mudanças e os fatores que fazem da mama o órgão mais afetado na saúde da mulher.

Evoluções ao longo dos anos

Durante a gravidez, a mama sofre mudanças significativas para se preparar para a amamentação, incluindo a formação de novos tecidos e a criação de um ambiente propício para o crescimento das células mamárias.

Após a menopausa, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, levando a uma diminuição do tamanho das mamas e à redução da atividade das células mamárias.

Essa complexidade hormonal é uma das razões pelas quais a mama é tão suscetível ao câncer. As células são estimuladas pela ação dos hormônios, o que pode levar ao crescimento descontrolado e à formação de tumores.

Além disso, o órgão contém diversos tipos de tecidos, como o tecido glandular, o tecido adiposo e o tecido conjuntivo, que apresentam diferentes taxas de renovação celular.

Fatores para o câncer de mama

Além dos itens listados acima, outro fator que contribui para a alta incidência é a exposição a agentes cancerígenos. Esses agentes podem ser encontrados em diversos lugares, como na alimentação, no ar que respiramos e nos produtos que usamos no dia a dia.

Álcool, tabaco, agrotóxicos, substâncias presentes em plásticos e poluentes atmosféricos são alguns exemplos. Isso porque os itens conseguem danificar o DNA das células mamárias, levando ao desenvolvimento das mutações.

A idade também é um fator importante para o desenvolvimento de câncer de mama. A maioria dos casos é diagnosticada em mulheres com mais de 50 anos, o que pode estar relacionado ao acúmulo de fatores de risco. As células mamárias sofrem mais danos ao longo do tempo, aumentando a probabilidade de surgimento de mutações.

Fique atenta!

É importante lembrar que a predisposição genética também é um fator de risco para o câncer de mama. Mulheres com histórico têm maior probabilidade de desenvolver a doença, principalmente se a mãe, a irmã ou a filha já foram diagnosticadas. Isso porque algumas mutações genéticas hereditárias aumentam significativamente o risco de câncer de mama, como o caso das mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.

Muitos casos de câncer de mama podem ser prevenidos por meio de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, a alimentação equilibrada e a redução do consumo de álcool e tabaco.

É fundamental que as mulheres realizem exames de rotina a partir dos 40 anos para que o diagnóstico precoce seja possível e o tratamento, seja mais eficaz. Assim poderemos conter o avanço do câncer de mama.

Quer saber mais? Continue acompanhando o CENDERS e saiba mais sobre essas e outras curiosidades do universo da pesquisa clínica!

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