A incorporação de medicamentos no SUS pode ter prazos que afetam pacientes que possuem doenças raras

Entenda como os processos burocráticos podem impactar no desenvolvimento de novos medicamentos

O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por fornecer assistência médica gratuita e universal a todos os brasileiros, independentemente de sua condição financeira. A incorporação de novos medicamentos no SUS é um processo que pode se estender, afetando diretamente pacientes que dependem desses medicamentos e impactando no tratamento de suas doenças.

A demora na incorporação de medicamentos no SUS é uma questão que afeta principalmente pacientes com doenças raras. Isso ocorre porque, muitas vezes, os medicamentos utilizados para tratar essas condições são de alto custo e não são produzidos em larga escala, o que torna seu acesso ainda mais difícil para a população.

A burocracia dos processos de incorporação de novos medicamentos no SUS pode tornar morosa a disponibilidade de alguns fármacos

O processo de incorporação de novos medicamentos no SUS envolve uma série de etapas que podem ser bastante burocráticas.

Primeiramente, é preciso que a empresa responsável pelo medicamento faça uma solicitação de incorporação junto ao Ministério da Saúde. Em seguida, o pedido passa por uma análise técnica, que pode levar meses ou até anos para ser concluída.

Depois disso, o medicamento precisa ser avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), que é responsável por avaliar a eficácia e a segurança do medicamento, bem como seu custo-benefício em relação a outras opções disponíveis no mercado. Se a CONITEC aprovar a incorporação do medicamento, ele ainda precisa passar por uma fase de negociação de preços com a empresa responsável.

Consequências

Todo esse processo pode levar anos para ser concluído, o que significa que muitos pacientes com doenças raras podem acabar ficando sem acesso aos medicamentos em tempo hábil. Isso pode ter graves consequências para a saúde dessas pessoas, que muitas vezes não têm alternativas de tratamento disponíveis.

Além disso, a demora na incorporação de medicamentos no SUS também pode ter um impacto negativo na economia do país. Isso porque muitos pacientes acabam recorrendo à justiça para obter acesso aos medicamentos, o que gera um alto custo para o sistema de saúde e para os cofres públicos.

Solução

Para tentar resolver esse problema, o Ministério da Saúde tem trabalhado para agilizar os processos de aprovação de novos medicamentos no SUS. Uma das medidas adotadas foi a criação de um Comitê de Avaliação de Tecnologias em Saúde (CATS), que tem como objetivo acelerar a análise dos pedidos de incorporação de medicamentos.

Além disso, o Ministério da Saúde também tem buscado formas de negociar preços mais baixos com as empresas responsáveis pelos medicamentos. Em alguns casos, isso tem sido possível graças à adoção de políticas de compra centralizada, que permitem que o governo negocie preços mais baixos devido ao volume de medicamentos adquiridos.

No entanto, ainda há muito a ser feito para melhorar o acesso dos pacientes com doenças raras aos medicamentos de que precisam. É necessário que o processo de incorporação de novos medicamentos no SUS seja ainda mais ágil e eficiente, para que esses pacientes não precisem esperar tanto tempo para ter acesso aos tratamentos necessários.

O papel do CENDERS na pesquisa clínica

O CENDERS é um centro de pesquisa clínica localizada no Espírito Santo que tem como objetivo promover o desenvolvimento de tratamentos para diversas enfermidades, incluindo para as doenças raras. Trabalhamos em parceria com hospitais, instituições de pesquisa e empresas farmacêuticas para identificar pacientes elegíveis, conduzir ensaios clínicos e monitorar a segurança dos tratamentos em desenvolvimento, levando mais esperança e qualidade de vida para pacientes com doenças raras e outras enfermidades.

Quer saber mais? Continue acompanhando o CENDERS e saiba mais sobre essas e outras curiosidades do universo da pesquisa clínica!

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