A condução de estudos clínicos viabiliza a avaliação de novos tratamentos antes de sua disponibilidade no mercado. Isso significa que pacientes podem ter acesso a terapias promissoras, muitas vezes, antes mesmo de serem aprovadas pelos órgãos reguladores. Essa antecipação pode representar uma esperança renovada para aqueles que enfrentam condições médicas desafiadoras, oferecendo alternativas que podem ser mais eficazes ou menos invasivas.
Atualmente, esse processo demanda em média oito anos para obter a aprovação junto ao FDA, a agência regulatória dos EUA. No Brasil e em outros países, esse período muitas vezes se estende, podendo chegar a até 12 anos. Para pacientes com doenças raras, essa espera pode parecer ainda mais longa, uma vez que as opções de tratamento são limitadas, impactando diretamente a qualidade de vida desses indivíduos.
Mas pesquisa clínica não apenas proporciona acesso antecipado a tratamentos inovadores, ela também gera economia para o setor público de saúde. Quer saber como? Continue a leitura!
Economia para o setor público de saúde
De setembro de 2018 a março de 2023, 20 pacientes com uma doença rara chamada Mucopolissacaridose (MPS-II) no Brasil participaram de um estudo clínico e receberam o medicamento alfapabinafuspe. Essa participação resultou na não utilização de mais de 12 mil frascos do tratamento convencional, representando uma economia estimada de mais de R$ 65 milhões para o sistema público de saúde.
A importância do apoio governamental
Diante da complexidade e demora nos processos regulatórios, é imperativo que os governos apoiem ativamente a pesquisa clínica e o acesso a novas tecnologias e terapias. A demora na aprovação pode ter consequências severas, especialmente para pacientes com doenças raras, que enfrentam riscos de vida significativos durante esse período.
Apesar dos avanços na regulação de medicamentos para doenças raras, persistem desafios no acesso a esses tratamentos. Para superar tais obstáculos, alternativas inovadoras, como a participação em estudos clínicos, destacam-se como soluções viáveis. Governos e órgãos regulatórios desempenham um papel fundamental ao apoiar essas iniciativas, garantindo que os benefícios da pesquisa clínica se traduzam em acesso mais rápido a tratamentos modernos e de qualidade.
Embora as parcerias público-privadas na pesquisa clínica para doenças raras sejam pouco exploradas, essas colaborações têm o potencial de acelerar o desenvolvimento de medicamentos, proporcionar acesso antecipado a tratamentos inovadores e otimizar os recursos do sistema de saúde. A busca por alternativas inovadoras e a colaboração entre todas as partes interessadas são essenciais para superar os desafios que ainda persistem no cenário da pesquisa clínica.
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