As pesquisas clínicas vêm passando por inovações tecnológicas, principalmente no que diz respeito a ensaios descentralizados; Conheça os impactos dessa renovação
Todo medicamento, vacina ou novo tratamento de uma doença necessita ser validado por uma pesquisa clínica. Essa tem diversas fases e, para dar início a tudo, é necessário que haja pessoas pacientes voluntárias para a realização do ensaio clínico.
Os ensaios clínicos baseados no local dependem e exigem muito dos participantes: desde viagens às despesas, o tempo disponível e a necessidade de conciliar com o trabalho e os compromissos familiares. Essas exigências contribuem para o aumento das desistências dos pacientes, além de pouco comprometimento com os estudos. Se um paciente já passa por tratamentos complexos devido a condições raras ou graves, a participação é menor ainda.
As desistências custam um aumento exponencial para que haja uma substituição de pacientes. Segundo estudos do Clinical Leader, 80% dos estudos não terminam no prazo por abandono do paciente e 85% falham em reter pacientes suficientes.
Nem sempre é possível encontrar rapidamente ou em quantidade/diversidade adequada os participantes e, em estudos de doenças comuns (como as cardiovasculares) exigem um número maior de pacientes voluntários.
Os pesquisadores têm notado, além de tudo, que as pesquisas levam mais tempo que o necessário e são onerosas, mostrando que o modelo tradicional de realizar os ensaios tem se mostrado ineficiente. Outro problema enfrentado nesse modelo é a falta de diversidade nos estudos, que carregam uma importância social inequívoca, também impacta a epidemiologia da doença.
O avanço tecnológico na pandemia
Com a pandemia do COVID-19, houve uma necessidade ainda maior de realizar pesquisas clínicas. Essas tinham mais exigências para os pacientes, principalmente para cumprir os protocolos de segurança nos locais e nas viagens.
Entretanto, esses desafios mostraram diversas formas pelas quais a tecnologia poderia ser uma saída usada para manter a comunicação com os pacientes, para que os estudos pudessem ocorrer independentemente do contato pessoal.
Com o avanço da tecnologia dentro dos estudos, 76% dos entrevistados aceleraram seus testes descentralizados desde 2020, segundo o Oracle Health Sciences.
O local vai até o paciente
Como dito, uma das exigências é a ida dos pacientes até os locais onde será realizado o estudo. geralmente, os voluntários moram longe e precisam fazer viagens para chegar e, quando se tratam de doenças raras, são obrigados a viajar e ficarem no local por semanas.
Com a adoção da tecnologia nos serviços de saúde móveis, foi possível aumentar significativamente o recrutamento e a retenção dos pacientes. O fornecimento de visitas domiciliares para administrar o tratamento e a permissão da captura de dados por meio de dispositivos vestíveis e aplicativos foram uma boa evolução.
Dando escolhas ao paciente
Com o emprego da tecnologia, os pacientes podem escolher como será sua participação: se irão viajar, qual distância viajam, quando são as suas consultas, como coletam dados e como vão se comunicar com os pesquisadores.
A tecnologia também transmite o sentimento de capacitação aos pacientes. Lhes dá autonomia sob sua participação nos ensaios. Quando marcam suas próprias consultas, podem se comunicar a qualquer momento, tendem a não abandonar os estudos.
Essa autonomia pode ser integrada com o monitoramento médico em tempo real através de dispositivos vestíveis ou sensores, como adesivos que aderem a pele e monitoram a frequência cardíaca, contrações musculares e até mesmo medidores de glicose.
Quando se trata de usar tecnologia em ensaios clínicos, ela não precisa ser a mais nova, sofisticada ou sofisticada. Alguns pacientes querem apenas ter a certeza de que estão sendo assistidos e que podem entrar em contato com alguém quando precisarem. A cada ano, a tecnologia se integra cada vez mais profundamente ao nosso dia a dia .
Quanto mais integrar várias tecnologias em todas as fases da jornada clínica, mais fácil será para os pacientes participarem de estudos vitais com o mínimo de interrupção em suas vidas diárias.
Quer saber mais? Continue acompanhando o CENDERS e saiba mais sobre essas e outras curiosidades do universo da pesquisa clínica!