O Dia Nacional de Luta por Medicamento é uma data que tem o objetivo de reconhecer a luta de milhares de instituições que trabalham diariamente para garantir que as pessoas tenham acesso a medicamentos que sejam adequados as suas necessidades.
Um tratamento, medicamento, ou mesmo as vacinas, passam por um rigoroso processo de investigação científica e estudos antes de estarem disponíveis aos pacientes. Essas etapas garantem a eficácia e segurança dos tratamentos, desde o seu desenvolvimento até a sua comercialização.
Por isso, a pesquisa clínica é tão importante: ela permite que novos tratamentos sejam desenvolvidos, comercializados e, em certos casos, sejam oferecidos de maneira gratuita aos pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, também é uma alternativa para muitos pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais ou não possuem condições financeiras para fazer o melhor tratamento para a sua doença.
Mas você já se perguntou quais são as etapas necessárias para o desenvolvimento de um medicamento? Neste blog, o CENDERS vai te explicar passo a passo das pesquisas de novos medicamentos até que eles cheguem às prateleiras das farmácias e drogarias. Acompanhe!
Primeiro passo: a descoberta
O ponto de partida para que um medicamento exista, é a descoberta de uma molécula promissora, que pode partir de um médico, pesquisador ou outros profissionais que estejam inseridos no tema da pesquisa. Entretanto, nem todas as descobertas tornam-se viáveis. De cada dez mil moléculas testadas, apenas uma se torna um medicamento aprovado para a comercialização.
A partir da descoberta e desenvolvimento, inicia-se a pesquisa pré-clínica e a pesquisa clínica, sendo que esta última é composta por 4 fases.
Fase pré-clínica
A molécula que obter os melhores resultados é levada à fase pré-clínica. Nessa fase são realizados testes laboratoriais (in-vitro) e em animais (in-vivo) de acordo com as diretrizes e normas éticas em pesquisa, com o objetivo principal de avaliar sua segurança e eficácia. Caso haja a comprovação de sua segurança, inicia-se os estudos clínicos em seres humanos.
Pesquisa Clínica
A pesquisa clínica é o estágio final e o mais demorado, exigindo a participação de voluntários para avaliar os efeitos da nova droga no organismo humano. Ela pode ser classificada em quatro fases, sendo que cada uma possui métodos e objetivos diferentes.
Na fase I, o medicamento é testado em um número pequeno de voluntários sadios (de 20 a 100 pessoas) com o objetivo de verificar a sua segurança e dosagem ideal. A fase II busca avaliar a eficácia terapêutica e a incidência de efeitos adversos a curto prazo em um número maior de participantes com a doença (100 a 500 pessoas).
A fase III tem o intuito avaliar o risco-benefício do tratamento, geralmente comparando os seus efeitos com o placebo ou outro tratamento de referência em 1000 a 5000 voluntários. Caso seja aprovado para a comercialização, o novo medicamento passa para a fase IV, mais conhecida como farmacovigilância. Esses estudos pós-comercialização são conduzidos pelas agências reguladoras para detectar os eventos adversos a longo prazo, novas indicações, avaliação da dose-resposta, entre outros.
Apesar de não ser um processo simples, a realização de todas essas etapas assegura a qualidade e a segurança de novos medicamentos para resolver ou aprimorar o processo de cura de um paciente com determinada doença.
Quer saber mais? Continue acompanhando o CENDERS e saiba mais sobre essas e outras curiosidades do universo da pesquisa clínica!