Por que pessoas negras têm maior risco de desenvolver pressão alta?

A hipertensão, também conhecida por pressão alta, é sim mais comum em pessoas negras. De acordo com um levantamento realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em 2018, 24,9% dos adultos negros relataram ter hipertensão arterial. E diversos dados médicos e estudos que ocorreram ao longo das últimas décadas apontam que negros possuem também maior dificuldade em controlar a doença.

E o que pode explicar essa situação?

De maneira objetiva, a medicina ainda não consegue explicar de maneira objetiva o motivo dessa condição entre negros. A diferença de impacto entre essas duas etnias ainda não conseguiu ser inteiramente embasada, mas diversos dados já fornecem pistas que mostram o que pode causar tal situação.

A principal delas está no fator genético que pode até ser uma “solução óbvia”, mas que faz muito sentido ao se analisar que negros possuem maior dificuldade no controle da pressão alta mesmo quando submetidos a tratamentos contínuos com medicações específicas.

Teorias

Na década de 90, estimava-se que a prevalência da pressão alta em populações negras podia chegar a mais de 30%, enquanto entre os brancos esse número variava entre 15% e, no máximo, 20%.

Algumas teorias apontam que a pressão alta está diretamente ligada com a pigmentação da pele. Sim, genes interligados com a melanina teriam o poder de aumentar a pressão.

Outros pesquisadores cogitam a possibilidade de que o escravidão também pode ter tido um papel decisivo na formação de características biológicas do negro, já que em regiões quentes e com baixa quantidade de sal, como na África, muitos indivíduos desenvolveram uma auto-retenção de sódio.

Um conhecido entre os brasileiros

Mais de 45 milhões de brasileiros enfrentam a pressão alta diariamente de acordo com o Ministério da Saúde e as doenças cardiovasculares são conhecidamente aquelas que matam mais em todo o mundo. O problema é que a pressão alta, relacionada com outros problemas como o diabetes, por exemplo, pode aumentar – e muito – as chances de um AVC ou infarto.

Novos tratamentos

A pesquisa clínica é um agente essencial nessa batalha travada diariamente. É por meio dela que doenças crônicas como a hipertensão recebem novos medicamentos e terapias cada vez mais assertivas que melhoram a qualidade de vida de muitos pacientes. Se você tem diagnóstico de hipertensão ou conhece alguém que sofre com o problema, fique ligado para mais novidades e oportunidades nos canais de comunicação do CENDERS.

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