Espírito Santo: um panorama sob o olhar da pesquisa clínica

Desenvolver novos medicamentos e tratamentos para diferentes enfermidades é essencial para a melhora da qualidade de vida de milhares de pacientes, e isso pôde ser percebido por grande parte da população em meio ao cenário pandêmico vivido nos últimos anos, no qual houve uma corrida para o desenvolvimento de uma vacina que atenuasse os efeitos do coronavírus em nosso organismo, trazendo à tona a necessidade de se investir em pesquisa clínica no nosso país. 

O Brasil conta com excelentes centros de estudos clínicos, com infraestrutura de qualidade e profissionais de altíssimo nível. No entanto, estes não são suficientes para suprir a necessidade do país, não apenas pelo número de profissionais ou montante de capital investido, mas por barreiras como a da distância entre as clínicas e os pacientes, uma vez que a maior parte dos centros especializados está localizada na cidade de São Paulo.

Concentrar os estudos em uma única região, acaba criando barreiras para a condução dos estudos, os quais necessitam dos pacientes próximos à clínica, uma vez que é necessária a realização de consultas e acompanhamento constante por parte da equipe médica.

Assim, muitos pacientes acabam não se inscrevendo ou optando não participar devido a limitações como, por exemplo, o custo do deslocamento. Outro fator impeditivo, pode ser a própria limitação ocasionada pela enfermidade em questão, que dificulta a mobilidade do paciente para um local longe de sua casa. 

Essa foi uma realidade encontrada dentro do estado do Espírito Santo, e que motivou a fundação do CENDERS, o segundo centro independente de pesquisa clínicas da região, a fim de aproximar pacientes e profissionais da saúde de um centro com infraestrutura de primeira linha. 

Além da redução das distâncias, investir capital na região proporciona um desenvolvimento do setor como um todo no estado, pois a instalação de um centro clínico demanda não apenas pacientes, mas profissionais gabaritados para exercer suas atividades, os quais buscam formações melhores e mais experiência na área científica, alavancando instituições de ensino a investirem ainda mais em pesquisa para suprir essa necessidade, gerando assim um ciclo que só tem a agregar para os pacientes e para a região. 

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