Vinícius Santana é mestre e doutor em Ciências com concentração em Biologia Molecular pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). s primeiro contato com a área de saúde e gestão foi em 2018 na Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense onde se tornou coordenador de ensino e pesquisa. Depois disso, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, ele manteve o cargo onde conduziu diversos estudos clínicos direcionados para a Covid-19.
Sua experiência profissional foi essencial para conhecer a fundo os processos envolvidos dentro da pesquisa clínica, e assim idealizar um centro que fosse referência no assunto.
Confira uma entrevista completa com o profissional e saiba mais sobre a sua trajetória e sobre a história do CENDERS!
Como foi o seu primeiro contato com a pesquisa clínica?
Eu fui para o Espírito Santo dar aula em uma universidade, e isso me possibilitou atuar dentro de um hospital. Com isso, eu conheci a área de pesquisa clínica, suas etapas, mas ainda não entendia a fundo os processos. Me aprofundei no assunto quando fui transferido para um dos hospitais que se tornou referência no tratamento de pacientes com Covid-19, logo no início da pandemia. Naquele momento começaram a surgir projetos de pesquisa dentro deste hospital, e eu precisei assumir todos os processos de regulação e documentação para o desenvolvimento das pesquisas.
Como a pandemia influenciou os avanços em pesquisa clínica?
Quando existe um estudo clínico, é comum que as instituições busquem hospitais com grande estrutura para conduzi-los. Porém, com o avanço da pandemia, criou-se um caráter emergencial, que abriu portas para diversos hospitais e centros de pesquisa.
O que te fez decidir por seguir uma carreira focada em pesquisa clínica?
Eu sempre fui um pesquisador nato em minha essência. Uma das coisas que me auxiliou nessa decisão, foi perceber como os investimentos do setor privado favorecem a entrega de resultados de ponta para a sociedade, e de uma forma muito mais rápida quando comparada à pesquisa acadêmica. Ao mesmo tempo, percebi que haviam desafios, pois tudo era levado como um negócio dentro da instituição privada. Naquele momento eu entendi que dentro da pesquisa clínica eu poderia ser um gestor, cuidando de processos de qualidade e planos estratégicos, de forma a favorecer resultados ainda melhores dentro da pesquisa clínica. Assim, eu pude desenvolver tudo o que eu sempre gostei como gestor e pesquisador.
Quando surgiu a ideia de criar o CENDERS?
Durante a experiência de atuar dentro do segmento, percebemos que não havia muito espaço para a pesquisa clínica dentro deles, pois não existia investimento da instituição para isso, seja em estrutura, seja em equipe. Assim, surgiu o desejo de montar um centro focado em estudos clínicos, buscando construir parcerias com outros centros e hospitais. Pessoalmente, o CENDERS também é uma oportunidade eu entregar 100% do meu potencial dentro do setor.
Quais os objetivos do CENDERS?
A curto prazo nosso principal objetivo é realizar parceria para a operação de estudos clínicos dentro de clínicas e hospitais. Em seguida, desejamos expandir nosso centro a ponto de sermos independentes na condução de estudos voltados para estudos ambulatoriais, por exemplo o desenvolvimento de vacinas. A área de educação era um objetivo de longo prazo, mas conforme fomos desenvolvendo nossos trabalhos, surgiram médicos e profissionais da área da saúde solicitando mentorias e auxílios para se desenvolverem dentro da pesquisa clínica, o que nos levou a já desenvolver esse trabalho dentro do CENDERS.
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